sexta-feira, 16 de maio de 2008

DENGUE - Notificações registradas no Sistema de Informação de Agravos de Notificação - SinanNotificações por Sexo segundo Ano 1º Sintoma(s)Período: 2001-2006
Ano 1º Sintoma(s)
Em Branco
Ignorado
Masculino
Feminino
Total

TOTAL
2
4.223
753.266
986.595
1.744.086
2001
1
1.000
172.431
231.073
404.505
2002
1
2.901
300.235
392.697
695.834
2003
-
129
125.608
166.425
292.162
2004
-
9
9.220
11.290
20.519
2005
-
7
25.408
32.387
57.802
2006
-
177
120.364
152.723
273.264

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Fichamento


Dengue

O dengue é uma doença febril aguda que tem como agente etiológico um vírus pertencente á família Flaviviridae, transmitida por vetores artrópodes do gênero Aedes, cujo vetor de importância epidemiológica, nas Américas, é o Aedes aegypti (A.aegypti). A doença quase sempre tem uma evolução benigna.
Durante as décadas de 1950 e 1960, a Organização Pan-americana de Saúde desenvolveu campanhas para a erradicação do A. aegypti nas Américas. As epidemias de dengue ocorriam esporadicamente em algumas regiões do Caribe. Com a descontinuidade do programa na década de 1970, gradualmente houve reinfestação nessas regiões, tanto que em 1977 a distribuição geográfica do vetor era comparável á anterior ao início do programa.
A emergência do dengue e posteriormente o aparecimento da febre hemorrágica do dengue/ síndrome do choque (FDH/SCD) são um dos maiores problemas de saúde pública, em especial nas Américas. A razão da emergência do dengue não é bem compreendida, porém alguns fatores podem ser apontados, como descontinuidade do programa de controle de vetores, programas de controle que priorizam a forma adulta do vetor, cidades localizadas em países em vias de desenvolvimento sem saneamento básico, deslocamento de pessoas de uma região para outra e possível circulação dos vírus de forma muito rápida.
Esses vírus são esféricos, envelopados, apresentam projeções em sua superfície e medem aproximadamente 60nm de diâmetro. São vírus de RNA de única fita, comportam-se como RNA mensageiros. Entram na célula por passagem direta pela membrana, por pinocitose e fagocitose. A replicação ocorre no citoplasma celular após latência de 12 a 16 horas. São facilmente inativados pelo calor e por desinfetantes contendo detergentes ou solventes de lipídeos.
O vírus do dengue apresenta quatro sorotipos, Den-1, Den-2, Den-4.

Epidemiologia/Transmissão

A transmissão ocorre quando a fêmea do mosquito A. aegtpti exerce o hematofagismo em um indivíduo virêmico, que, uma vez infectado, assim permanece por toda a vida (aproximadamente dois meses). A fêmea necessita dos componentes protéicos existentes no sangue para que seus ovos amadureçam. O repasto sanguíneo ocorre um pouco antes da oviposição, momento em que transmite o vírus para um hospedeiro (homem) suscetível.
O A. aegypti é originário da África subsaariana, onde se domesticou, tornando-se antropofílico. Essa característica de adaptação favoreceu sua proliferação abundante nas cidades, sendo facilmente levado para outras áreas pelos meios de transporte.
Consideram-se, na determinação da circulação dos vírus, a forma em que se organiza o espaço geográfico dos centros urbanos, o modo de vida de suas populações e os seus reflexos no ambiente, que criam as condições para a proliferação dos vetores.
Assim, a organização social dos espaços urbanos modernos favorece a proliferação dos mosquitos transmissores do dengue, tanto por fatores ligados ao bem-estar e suposta segurança como pela precariedade da infra-estrutura de saneamento e pela disposição no meio ambiente de recipientes descartáveis.
O período de transmissibilidade do dengue compreende dois momentos, um conhecido como extrínseco, que ocorre no vetor (mosquito), e o intrínseco, que ocorre no homem. O homem se torna infectante um dia antes do aparecimento da febre até o sexto dia de doença; nesse período, encontra-se o vírus facilmente no sangue (viremia).
No mosquito, após um respasto sanguíneo infectante, o vírus localiza-se nas glândulas salivares da fêmea, onde se multiplica, e, após um período de incubação de oito a 12 dias, este é capaz de transmitir a doença.
O período de incubação da doença é de três a 15 dias, com média de cinco a seis dias.
Os pressupostos básicos para o combate vetorial são: universalidade, sincronicidade e continuidade das ações, além dos pilares básicos, que seriam saneamento ambiental, educação, informação e comunicação.

Quadro Clínico

As manifestações clínicas do dengue são classificadas em três grupos: forma indiferenciada; febre do dengue clássico e febre hemorrágica do dengue/síndrome de choque. Menos freqüentemente, podem-se observa hepatite e alterações do sistema nervoso central (SNC).
Forma indiferenciada, assemelha-se á síndrome gripal.

Febre do Dengue Clássico

Tem início abrupto, com febre alta (39-40c) seguida de cefaléia, mialgia, prostração, artralgia, anorexia, astenia, dor retroorbital, náuseas e vômitos. A dor abdominal é comum nas crianças, enquanto manifestações hemorrágicas, como metrorragia, gengivorragia, sangramento gastrointestinal e hematúria, podem ocorrer entre os adultos. A doença dura em torno de cinco a sete dias.
Na pele encontram-se exantema morbiliforme de distribuição centrífuga que surge no terceiro ao quarto dia que pode vir acompalhado de prurido. A febre costuma ceder em até seis dias, persistindo apenas a fadiga e a depressão, que pode durar semanas.
Em lactentes e crianças pequenas, o dengue se apresenta com febre e exantema maculopapular.

Dengue Hemorrágico

O quadro de FHD costuma ter início semelhante ao da forma clássica do dengue, porém evolui rapidamente com manifestações hemorrágicas e/ ou derrame cavitário, instabilidade hemodinâmica, choque. Inicia-se com febre alta, náuseas, vômitos, mialgia e artralgia. A faringite pode ocorrer em alguns casos. Surgem fenômenos hemorrágicos, no segundo ou terceiro dia, com petéquias na face, véu palatino, axilas e extremidades.
Nos casos leves ou moderados, a febre e todos os sintomas involuem. Entretanto, nos casos graves, após alguns dias de febre, o estado do paciente se deteriora e surge a síndrome do choque. Esta geralmente ocorre entre o terceiro e o sétimo dia de doença. Os pacientes apresentam-se agitados, e não é rara dor abdominal. Evoluem com letargia, sem febre e sinais de insuficiência circulatória (pele fria, manchada e congestionada, cianose peroral, pulso rápido e sudorese). Pressão arterial convergente, hipotensão, acidose matabólica e coagulação intravascular disseminada são achados importantes na evolução da síndrome. É comum o aparecimento de bradicardia e arritmia sinusal.
Com tratamento adequado os pacientes se recuperam em dois a três dias, mas alguns casos podem evoluir para o óbito.


Diagnóstico

Exames Inespecíficos

Hemograma – Leucopenia, ás vezes, leucócitos. Linfocitose com atipia linfocitária e trombocitopenia, hemoconcentração (aumento do hematócrito em 20% do valor basal ou valores superiores a 38% em crianças, 40% em mulheres e 45% em homens).
Coagulograma- Aumento nos tempos de protrombina, tromboplastina parcial e trobina, diminuição do fibrinogênio, protrombina, fator VII, fator XII, antitrombina e antiplasmina.
Bioquímica – Diminuição da albumina no sangue, albuminúria e aumento das aminotransferases.

Tratamento

Não se faz necessária a confirmação etiológica do diagnóstico de dengue para se iniciar o tratamento. Caso não seja estabelecido um programa terapêutico, o paciente poderá evoluir para óbito em cerca de 24 horas devido á acidose matabólica e á coagulação intravascular disseminada.
Não existe terapêutica específica para o dengue. Nos casos benignos de febre indiferenciada e febre do dengue clássico o tratamento é sintomático, evitando-se o uso de salicilatos, dando-se preferência ao ibuprofeno em doses baixas como antitérmico/analgésico e dipirona, além de reposição hídrica e repouso, evitando-se o uso de paracetamol devido ao risco de hepatopatia.
Nos casos de febre hemorrágica do dengue, os pacientes devem ser observados cuidadosamente para se identificar os primeiros sinais de choque. O período crítico se dá após o terceiro dia de doença. Cada caso deve ser avaliado individualmente para ser verifica a necessidade de internação e hidratação parenteral ou oral.


Conclusão

A dengue é uma doença febril aguda que tem como agente etiológico um vírus pertencente á família Flaviviridae, transmitida por vetores o Aedes aegypti, um mosquito, temos que ter bastante cuidados com esses mosquitos, cuidados esses que
devemos ter nas nossas próprias casas, não deixando água parada, pois é um meio de proliferação dos mosquitos.
Tem que ter bastante cuidado caso sinta os sintomas, procurando logo o médico, evitando-se o uso de paracetamol devido ao risco de hepatopatia.
Esta cada vez mais crescendo os números de casos de dengue, temos que ter mais ações de combate á dengue.

Referência Bibliográfica
Hinrichsen, Sylvia Lemos
Dip: doenças infecciosas e parasitárias, Guanabara koogan, Rio de Janeiro 2005.

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Pesquisa Feita No Lilacs

Id:
478887
LILACS-Express
Autor:
Restrepo, Berta Nelly; Isaza, Diana María; Salazar, Clara Lina; Ramírez, Ruth; Ospina, Marta; Alvarez, Luis Gonzalo.
Título:
Serum levels of interleukin-6, tumor necrosis factor-alpha and interferon-gama in infants with and without dengue
Fonte:
Rev. Soc. Bras. Med. Trop;41(1):6-10, jan.-fev. 2008. tab.
Idioma:
En.
Projeto:
COLCIENCIAS. Instituto Colombiano para el Desarrollo de la Ciencia y la Tecnología "Francisco José de Caldas". 3256.04-10174.
Resumo:
This study compared the serum levels of IL-6, TNF-alpha and IFN-gamma, in children under 1 year of age with and without dengue. Sera were collected from a total of 41 children living in the Department of Antioquia, Colombia (27 patients with dengue and 14 controls). The results showed higher cytokine levels in children with dengue than without dengue, with statistically significant differences for IL-6 and IFN-gamma. No statistically significant differences were found between clinical forms, although IL-6 and IFN-gamma levels were higher in dengue fever cases than in dengue hemorrhagic fever cases. On the other hand, TNF-alpha levels were higher in dengue hemorrhagic fever than in dengue fever. The levels of IL-6 and TNF-alpha were higher in secondary infection than in primary infection, although IFN-gamma levels were higher in primary infection. These results suggest that IL-6, TNF-alpha and IFN-gamma are involved in dengue infection independently of the clinical form.(AU)Este estudo comparou os níveis séricos de IL-6, TNF-alfa e IFN-gama, em crianças menores de um ano com e sem dengue. Os soros foram coletados de um total de 41 crianças residentes no Departamento de Antioquia, Colômbia (27 pacientes com dengue e 14 controles). Os resultados mostraram níveis de citoquinas mais elevadas em crianças com dengue do que naquelas sem dengue, com diferenças estatisticamente significativas para IL-6 and IFN-gama. Não houve diferenças estatisticamente significativas entre formas clínicas, embora os níveis de IL-6 e IFN-gama estivessem mais elevados nos casos de febre do dengue que nos casos de febre hemorrágica do dengue. Por outro lado, os níveis de TNF-alfa estavam mais elevados na febre hemorrágica do dengue que na febre do dengue. Os níveis de IL-6 and TNF-alfa estavam mais elevados em infecções secundárias que em infecções primarias, embora os níveis de IFN-gama estivessem mais elevados em infecções primárias. Estes resultados sugerem que IL-6, TNF-alfa e IFN-gama estejam envolvidos na infecção do dengue, independentemente da forma clínica.(AU)
Responsável:
BR1.1 - BIREME
4 / 1382
LILACS













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Texto completo SciELO Brasil

Documentos relacionados
Id:
478880
LILACS-Express
Autor:
Vezzani, Darío; Carbajo, Aníbal E.
Título:
Aedes aegypti, Aedes albopictus, and dengue in Argentina: current knowledge and future directions
Fonte:
Mem. Inst. Oswaldo Cruz;103(1):66-74, Feb. 2008. map.
Idioma:
En.
Resumo:
Since the reinfestation of South American countries by Ae. aegypti, dengue fever (DF) and dengue hemorrhagic fever (DHF) have become a major public health concern. The aim of this paper was to review the information related with Aedes vectors and dengue in Argentina since the reintroduction of Ae. aegypti in 1986. The geographic distribution of Ae. albopictus is restricted to the Northeast, and that of Ae. aegypti has expanded towards the South and the West in comparison with the records during the eradication campaign in the 1960s. Since 1998, 4,718 DF cases have been reported concentrated in the provinces of Salta, Formosa, Misiones, Jujuy and Corrientes. Despite the circulation of three dengue virus serotypes (DENV-1, -2 and -3) in the North of the country, DHF has not occurred until the present. The information published over the last two decades regarding mosquito abundance, temporal variations, habitat characteristics, competition, and chemical and biological control, was reviewed. Considering the available information, issues pending in Argentina are discussed. The presence of three DENV, the potential spread of Ae. albopictus, and the predicted climate change suggest that dengue situation will get worse in the region. Research efforts should be increased in the Northern provinces, where DHF is currently an actual risk.(AU)
Responsável:
BR1.1 - BIREME

quinta-feira, 27 de março de 2008

dengue

Descritor Espanhol:

Dengue
Descritor Português:

Dengue
Sinônimos Português:

Febre da Dengue
Categoria:

C02.081.270C02.782.350.250.214C02.782.417.214SP4.001.012.148.144
Definição Português:

Classicamente, uma doença aguda autolimitada (tipicamente com duração de 5-7 dias), caracterizada por febre, prostração, cefaléia, mialgia, erupção cutânea, linfadenopatia e leucopenia, que é causada por quatro tipos de vírus de dengue antigenicamente relacionados, porém distintos. A dengue ocorre epidêmica e esporadicamente na Índia, Japão, África Ocidental, região do Mediterrâneo oriental, sudeste da Ásia, Indonésia, nordeste da Austrália, Polinésia, Caribe, e norte da América do Sul. Ela é transmitida pela mordida de mosquitos infectados do gênero Aedes, especialmente A. aegypti, A. albopictus, A. polynesiensis, A. scutellaris e A. hakanssoni. (Dorland, 28ª ed)
Nota de Indexação Português:

uma febre hemorrágica causada por um flavivirus mas veja FEBRE HEMORRÁGICA DA DENGUE
Qualificadores Permitidos Português:

sangue
líquido céfalo-raquidiano
induzido quimicamente
classificação
congênito
complicações
dietoterapia
diagnóstico
quimioterapia
economia
etnologia
embriologia
enzimologia
epidemiologia
etiologia
genética
história
imunologia
metabolismo
microbiologia
mortalidade
enfermagem
patologia
prevenção & controle
fisiopatologia
parasitologia
psicologia
radiografia
reabilitação
cintilografia
radioterapia
cirurgia
terapia
transmissão
urina
ultra-sonografia
veterinária
virologia
Número do Registro:

3727
Identificador Único:

D003715

quinta-feira, 28 de fevereiro de 2008

O que é Dengue?

O dengue é uma doença infecciosa causada por um arbovírus (existem quatro tipos diferentes de vírus do dengue: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4), que ocorre principalmente em áreas tropicais e subtropicais do mundo, inclusive no Brasil. As epidemias geralmente ocorrem no verão, durante ou imediatamente após períodos chuvosos.

O dengue clássico se inicia de maneira súbita e podem ocorrer febre alta, dor de cabeça, dor atrás dos olhos, dores nas costas. Às vezes aparecem manchas vermelhas no corpo. A febre dura cerca de cinco dias com melhora progressiva dos sintomas em 10 dias. Em alguns poucos pacientes podem ocorrer hemorragias discretas na boca, na urina ou no nariz. Raramente há complicações.
O que é Dengue Hemorrágico?
Dengue hemorrágico é uma forma grave de dengue. No início os sintomas são iguais ao dengue clássico, mas após o 5º dia da doença alguns pacientes começam a apresentar sangramento e choque. Os sangramentos ocorrem em vários órgãos. Este tipo de dengue pode levar a pessoa à morte. Dengue hemorrágico necessita sempre de avaliação médica de modo que uma unidade de saúde deve sempre ser procurada pelo paciente.

quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008